segunda-feira, 15 de outubro de 2018

A organização da sala de atividades no jardim de infância


Logo no início do ano letivo surge a preocupação do educador de infância em como organizar a sala de atividades.
A organização do espaço da sala de atividades por áreas de interesse bem definidas permite uma variedade de ações muito diferenciadas e reflete um modelo educativo mais centrado na riqueza dos estímulos e na autonomia da criança. Por sua vez, os objetivos e a natureza de cada área ditam o tipo de atividades que nela devem ser realizadas, se a tarefa / brincadeira é de caráter mais livre ou orientada.

Para uma melhor organização do espaço torna-se necessário selecionar as áreas fundamentais, que podem ser alteradas durante o ano, evitando sobrecarregar a sala de atividades. A organização da sala pode sofrer mudanças periódicas, segundo o desejo das crianças ou apenas porque a aquisição de novos materiais assim o justifique.
As áreas devem estar bem definidas e identificadas (com o nome, símbolo e número) e os materiais arrumados em locais fixos, para que as crianças se sintam orientadas e capazes de assumir uma atitude autónoma. Cada área tem um limite de utilizadores (ex.: cartões com os nomes com velcro), o que ajuda as crianças a compreender e a cumprir as regras. Sabem de antemão que não devem retirar o cartão do colega para colocar o seu. Assim brincam nas áreas da sala, fazendo escolhas e tomando decisões…
Existem áreas que, pela sua natureza, não devem ser colocadas próximas uma da outra, ex.: “área das construções” que é mais barulhenta, com a “área da biblioteca” que exige silêncio e concentração.

Os símbolos



   
              
A descodificação de diferentes códigos simbólicos é também trabalhada na educação pré-escolar, quer através do reconhecimento de símbolos convencionais quer através da criação de símbolos próprios, convencionados, para identificação e substituição de palavras. Assim, as crianças mais novas que ainda não reconhecem o seu nome e ainda não o sabem escrever, possuem um símbolo (cor/ boneco) para os ajudar a reconhecê-lo nos diferentes instrumentos de trabalho utilizados na sala. 
Os mais velhos, já com maior controlo da sua motricidade fina, podem escrever uma ou mais letras do seu nome e identificam-nos nas diferentes situações.Os símbolos servem também para etiquetar os cabides, para saberem onde vão pendurar as coisas (e os adultos começarem a saber de quem é o quê!), os portefólios, a marcação de lugar à mesa e tudo que seja necessário identificar... 
Junto do nome cada criança pode haver um número associado (numero de ordem nos documentos institucionais) e que a vai ajudar a tomar consciência do sentido de número, sua representação e ordem.


Ao fim de pouco tempo, todos já conhecem o símbolo que as representa bem como o da maioria dos amigos da sala.
“O envolvimento das crianças em situações matemáticas contribui não só para a sua aprendizagem, como também para desenvolver o seu interesse e curiosidade pela matemática”.
 Neste processo emergente de aprendizagem da escrita, as primeiras imitações que a criança faz do código escrito tornam-se progressivamente mais próximas do modelo, podendo notar-se tentativas de imitação de letras e até a diferenciação de sílabas. Começando a perceber as normas da codificação escrita, a criança vai desejar reproduzir algumas palavras (o seu nome, o nome dos outros, palavras e/ou frases que o/a educador/a escreve, etiquetas, etc.). Aprender a escrever o seu nome tem um sentido afetivo para a criança, permitindo-lhe fazer comparações entre letras que se repetem noutras palavras e aperceber-se de que o seu nome se escreve sempre da mesma maneira.” OCEP/2016
No jardim-de-infância tudo tem um objetivo pedagógico e a organização da sala também tem!


Sem comentários:

Enviar um comentário