Atividade com o CEA numa semana assustadora

Esta semana, pela primeira vez, tivemos uma atividade com o Centro de Educação Ambiental (CEA), que se deslocou à nossa escola. As crianças ouviram a  História: "O Planeta é de todos" e através dela foram sensibilizadas para a adoção de comportamentos ambientalmente sustentáveis, concretamente, na prática da separação seletiva de resíduos, na proteção dos ecossistemas naturais, entre outros aspetos. Posteriormente, nas salas, pintaram um caça-sujões em espuma, para não se esquecerem do que aprenderam e  para que cada  um seja também "caça - sujões".

Ainda na sequência desta importante e urgente tematica, assistimos a uma  Webinar muito especial - "Na escola a ver o mar", promovida pela  Fundação Oceano Azul. Foi uma experiência diferente e muito enriquecedora, onde em ligação direta ao Oceanário de Lisboa, aprendemos mais sobre o mar, os animais marinhos e a importância de cuidar dos oceanos.

As crianças observaram diferentes peixes, tubarões, moreias, pinguins... e ficaram cheias de curiosidade sobre o que se esconde no fundo do mar! Falámos sobre o lixo que chega ao mar, sobre como podemos proteger os peixes e as tartarugas, e percebemos que cada pequeno gesto pode fazer a diferença e ajudar o planeta.

De seguida, a nossa estagiária de mestrado, Alexandra N.  que está connosco, desde o inicio de outubro, a aprender e também a partilhar experiências novas e conhecimentos, preparou uma atividade experimental muito especial: “Mar limpo, mar sujo”. Com muita dedicação e ternura, trouxe-nos uma proposta prática para observar o impacto da poluição no mar. As crianças exploraram dois recipientes: um com “mar limpo” e outro com “mar sujo”, cheio de pequenos resíduos. A curiosidade foi grande, as observações atentas e as reflexões muito ricas — percebemos que é fácil sujar o mar, mas muito difícil limpá-lo.

Esta experiência ajudou-nos a compreender melhor a importância de cuidar dos oceanos e do planeta, reforçando o nosso compromisso enquanto Escola Azul. Foi um momento cheio de aprendizagem, descoberta e partilha, que mostrou como todos — crianças e adultos — temos algo a ensinar e a aprender uns com os outros. 

Como “Escola Azul”, sentimos que fazemos parte de uma grande comunidade que valoriza o oceano e a sustentabilidade. Este momento foi mais um passo no nosso compromisso com a educação ambiental e com a construção de um Oceano mais azul!

Projeto de leitura em vai-e-vem

Iniciamos esta semana, o Projeto de leitura em vai-e-vem, onde semanalmente as crianças requisitam um livro para levar para casa e ser explorado em família.

O contacto precoce com os livros e a escuta de histórias desempenham um papel fundamental no desenvolvimento global da criança. Desde tenra idade, os livros são muito mais do que simples objetos: são portas para o imaginário, instrumentos de linguagem e pontes de afeto entre a criança e o adulto que lê.

Quando a leitura é vivida em família, cria-se um momento de partilha emocional e de vínculo, onde a criança se sente segura, acolhida e escutada. O ato de ler em conjunto é uma experiência de afeto — um tempo de qualidade que favorece o diálogo, a curiosidade e o prazer pela descoberta.

Através da leitura, a criança:

• Desenvolve a linguagem oral, ampliando o vocabulário e a capacidade de expressão;

• Estimula a imaginação e a criatividade, ao criar imagens mentais e antecipar acontecimentos;

• Aprende a ouvir e a concentrar-se, desenvolvendo a atenção e a memória;

• Entra em contacto com valores, emoções e diferentes realidades, construindo empatia e pensamento crítico;

• Fortalece a relação afetiva com o adulto, associando a leitura a momentos de carinho e segurança.

Para além dos benefícios cognitivos e emocionais, a leitura em família é também uma forma de mediação cultural: as histórias transmitem tradições, modos de viver, e ajudam as crianças a compreender o mundo que as rodeia. Quando a leitura se torna um hábito quotidiano — seja antes de dormir, num momento de descanso ou em família ao fim de semana,  contribui para formar futuros leitores ativos e curiosos. O importante é o encontro entre o adulto, a criança e o livro.

O contacto com os livros e as histórias lidas em família é uma poderosa ferramenta de crescimento emocional, linguístico e relacional, que contribui para o desenvolvimento integral da criança e para a construção de memórias felizes e significativas.

O Halloween, embora tenha origens culturais específicas, pode ser uma excelente oportunidade pedagógica. Mais do que uma simples festividade, esta celebração oferece um espaço simbólico onde as crianças podem explorar e elaborar os seus medos de forma lúdica, segura e partilhada.

Durante os primeiros anos de vida, o medo é uma emoção natural e essencial ao desenvolvimento. As crianças pequenas frequentemente têm medo  do escuro,  de monstros, barulhos ou figuras desconhecidas. No entanto, quando o medo é vivido de forma simbólica quer através de histórias, disfarces ou brincadeiras, ele pode ser transformado em curiosidade e confiança.

Ao participar nas atividades do Halloween, as crianças:

• Dão significado ao que as assusta, atribuindo forma, cor e nome aos seus medos;

• Vivenciam o faz de conta, um recurso essencial para compreender o mundo e as emoções;

• Ganham poder sobre o medo, pois podem brincar com ele, rir e descobrir que não há perigo real;

• Partilham experiências com os pares, o que reforça o sentimento de pertença e segurança emocional;

• Desenvolvem a imaginação e a expressão emocional, ao escolher disfarces, decorar espaços ou ouvir histórias que misturam o mistério e o humor.

O papel do educador é fundamental: criar um ambiente acolhedor, com limites claros entre o real e o imaginário, onde a criança se sinta segura para explorar o tema. As atividades incluim o conto de “medos pequeninos”, dramatizações, jogos simbólicos, expressão plástica e musical — sempre respeitando o ritmo e a sensibilidade de cada criança.

Assim, a vivência do Halloween na educação de infância não se resume a uma celebração cultural, mas torna-se uma experiência de aprendizagem emocional, que contribui para o desenvolvimento da autoestima, da criatividade e da capacidade de lidar com emoções complexas, como o medo.

Hoje, festejar o Halloween é quase inevitável pois as crianças começam a falar desta festa muito cedo e com muito entusiasmo! No nosso Jardim de Infância, valorizamos muito ensinar às crianças as tradições do nosso país, como o Pão por Deus. Estas celebrações permitem que os mais pequenos conheçam a história, a cultura e os costumes portugueses, ajudando-os a sentir-se parte da sua comunidade e das suas raízes.

Esta tradição portuguesa, do Pão por Deus, é uma oportunidade de partilhar o que temos com os outros, tal como fizemos neste momento: cada criança trouxe algo para   colocar numa mesa comum, tornando o lanche ainda mais alegre e saboroso! Com estas atividades as crianças aprendem valores importantes como a partilha, a amizade, generosidade  e o respeito pelos outros, tornando esta festa ainda mais especial.

Aprender e celebrar as tradições portuguesas é também aprender a cuidar do nosso património e da cultura que nos pertence

Para acabar a semana da melhor forma, recebemos uma lanterna, oferecida pela Associação de Pais!

Obrigada Associação de Pais por tanta dedicação!