“Toda
a gente deveria aprender a programar um computador, porque isso ensina como
pensar.”
Steve Jobs, fundador da Apple
Por
cá temos andado muito entusiasmados com a exploração do robot DOC, que foi apresentado
a um dos grupos antes do Natal.
O
robot DOC ajuda a resolver problemas e a pensar logicamente. Ensina as letras,
números, cores e nomes dos animais. As crianças aprendem ao mesmo tempo que
programam o DOC.
É
um jogo que aproxima a criança da Robótica Educativa de forma criativa e
divertida, contribuindo para o desenvolvimento do vocabulário, da
criatividade e das capacidades matemáticas. Tudo se baseia nas
instruções que são dadas ao robot para cumprir determinada tarefa e que ele
memoriza para depois executar. Ou, então, é ele que diz onde é que quer chegar e
a criança tem que traçar um trajeto e dar-lhe as instruções exatas.
O robot Doc, desenvolve o seguinte:
É
um brinquedo STEM: Science (Ciências), Technology (Tecnologia), Engineering (Engenharia) e Mathematics (Matemática). São quatro letras que têm dado muito que
falar. Porquê? Porque o STEM é um sistema que está a revolucionar a
educação, cruzando brinquedos com ciência, tecnologia, engenharia e matemática,
de forma a estimular a criatividade, a imaginação e o raciocínio lógico das
crianças.
Por
trás destas quatro letras existe um conceito inovador de educação que está a
mudar a forma de alunos do mundo todo aprenderem e tem como objetivo inspirar e
encantar crianças por meio de atividades divertidas e cheias de desafios,
ensinando conceitos de Engenharia, Programação e Robótica com a metodologia
STEM.
Segundo Rodger Bybee, autor do livro The Case for STEM
Education: Challenges and Opportunities (O caso da educação STEM: desafios e
oportunidades, em tradução livre), a abordagem baseia-se em três
objetivos fundamentais:
- O desenvolvimento de uma sociedade
com conhecimento atualizado e capacitação nas
áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
- A formação de alunos e professores
que consigam desenvolver as competências do século 21 num ambiente escolar
integrado.
- O fomento à pesquisa e
desenvolvimento voltado para a inovação nas quatro disciplinas da
educação STEM.
A
outra característica importante que o modelo STEM traz de diferente é um maior
gosto pelas atividades práticas e uma abordagem que se caracteriza
por estimular a curiosidade, com os alunos mais interessados e
empenhados nas tarefas, tendo uma participação muito ativa.
O
papel do educador, passa de portador do conhecimento a orientador – um mentor
cuja principal função é fazer as perguntas desafiadoras certas e provocar novas
descobertas.
A
educação STEM exige mais dos educadores pois os desafios devem ser instigantes
para aliciar os alunos,
dando espaço à sua imaginação e curiosidade, dando-lhes oportunidade para articularem
conhecimento e desenvolverem habilidades. Nessa perspetiva, a criança deixa de
ser apenas consumidor e passa a ser produtor de conhecimento, assumindo o
protagonismo da sua própria educação.
Após
explorações semanais a nível de sala de atividades, duas equipas de três
voluntários resolveram partilhar os seus conhecimentos com os colegas das outras
salas. Foram muito bem recebidos e de forma ativa, conseguiram explicar as
ações do robot DOC e captar a atenção e o interesse dos amigos, que também
tentaram dar as instruções de programação ao robot.
E
como as crianças já estão habituadas a inúmeras atividades em conjunto (que são
planeadas, executadas e avaliadas por todas as educadoras), as portas
abriram-se e, crianças e educadoras PARTILHARAM conhecimentos e experiências,
onde TODOS aprenderam e saíram mais enriquecidos.
Outra
novidade, resultante da bondade de um Pai Natal, apareceu esta semana numa das
salas, trazida por uma criança: - o robot Mind Designer. Também foi explorado e
desenhou para nós!!! A partir daqui, as crianças mostraram vontade de trazer os
seus próprios robots e a escola foi invadida, com muito entusiasmo por espécies
robóticas de vários tamanhos.
Aprender
a programar é simplesmente aprender a dizer às máquinas o que fazer. O código é
a cadeia de instruções digitadas que um computador segue para fazer qualquer
coisa. E foi assim… programamos!
No
culminar desta onda, recebemos a Drª Ana Franco, Licenciada em Informática de
Gestão e em Informática Ramo-Educacional e, com Especialização em Tecnologias
de Informação e Comunicação para e na Infância. Possui uma vasta experiência nesta área e participa em vários projetos sobre a temática, tendo conseguido também
o 3.º Lugar no Festival Nacional de
Robótica 2019 em Gondomar na prova Factory Lite Júnior.
Para
alegria de todos, chegou carregada com sacos cheios de diferentes robots – uns dançam,
outros repetem o que dizemos, outros trepam, outros saltam, outros contam
histórias...
Pacientemente, interagiu com as crianças, tentando explicar-lhes as diversas formas de funcionamento de todos eles e trouxe novas ideias de exploração para o “nosso” DOC.
Mas
que bocadinho de tarde tão proveitoso!
O
nosso agradecimento à Drª Ana Franco, ficando o pedido para que um dia nos
volte a visitar.
Haverá
outras formas de exploração, em todas as salas no decorrer do ano letivo e, com
o precioso apoio da nossa Associação de Pais, faremos novas “aquisições”.
“Quando
programamos um robô estamos a expressar um pensamento sequencial, ou seja, o
objeto vai de um ponto até outro e é a criança que o orienta"
Maribel
Miranda, Investigadora da Universidade do Minho/Aveiro
Fontes de pesquisa: https://fia.com.br/blog/educacao-stem/
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