quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Robots e companhia – STEM


“Toda a gente deveria aprender a programar um computador, porque isso ensina como pensar.”
 Steve Jobs, fundador da Apple


Por cá temos andado muito entusiasmados com a exploração do robot DOC, que foi apresentado a um dos grupos antes do Natal.


O robot DOC ajuda a resolver problemas e a pensar logicamente. Ensina as letras, números, cores e nomes dos animais. As crianças aprendem ao mesmo tempo que programam o DOC.
É um jogo que aproxima a criança da Robótica Educativa de forma criativa e divertida, contribuindo para o desenvolvimento do vocabulário, da criatividade e das capacidades matemáticas. Tudo se baseia nas instruções que são dadas ao robot para cumprir determinada tarefa e que ele memoriza para depois executar. Ou, então, é ele que diz onde é que quer chegar e a criança tem que traçar um trajeto e dar-lhe as instruções exatas.

O robot Doc, desenvolve o seguinte:



É um brinquedo STEM: Science (Ciências), Technology (Tecnologia), Engineering (Engenharia) e Mathematics (Matemática). São quatro letras que têm dado muito que falar. Porquê? Porque o STEM é um sistema que está a revolucionar a educação, cruzando brinquedos com ciência, tecnologia, engenharia e matemática, de forma a estimular a criatividade, a imaginação e o raciocínio lógico das crianças.
Por trás destas quatro letras existe um conceito inovador de educação que está a mudar a forma de alunos do mundo todo aprenderem e tem como objetivo inspirar e encantar crianças por meio de atividades divertidas e cheias de desafios, ensinando conceitos de Engenharia, Programação e Robótica com a metodologia STEM.

Segundo Rodger Bybee, autor do livro The Case for STEM Education: Challenges and Opportunities (O caso da educação STEM: desafios e oportunidades, em tradução livre), a abordagem baseia-se em três objetivos fundamentais:
  1. O desenvolvimento de uma sociedade com conhecimento atualizado e capacitação nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
  2. A formação de alunos e professores que consigam desenvolver as competências do século 21 num ambiente escolar integrado.
  3. O fomento à pesquisa e desenvolvimento voltado para a inovação nas quatro disciplinas da educação STEM.
A outra característica importante que o modelo STEM traz de diferente é um maior gosto pelas atividades práticas e uma abordagem que se caracteriza por estimular a curiosidade, com os alunos mais interessados e empenhados nas tarefas, tendo uma participação muito ativa.
O papel do educador, passa de portador do conhecimento a orientador – um mentor cuja principal função é fazer as perguntas desafiadoras certas e provocar novas descobertas.
A educação STEM exige mais dos educadores pois os desafios devem ser instigantes para aliciar os alunos, dando espaço à sua imaginação e curiosidade, dando-lhes oportunidade para articularem conhecimento e desenvolverem habilidades. Nessa perspetiva, a criança deixa de ser apenas consumidor e passa a ser produtor de conhecimento, assumindo o protagonismo da sua própria educação.



Após explorações semanais a nível de sala de atividades, duas equipas de três voluntários resolveram partilhar os seus conhecimentos com os colegas das outras salas. Foram muito bem recebidos e de forma ativa, conseguiram explicar as ações do robot DOC e captar a atenção e o interesse dos amigos, que também tentaram dar as instruções de programação ao robot.


E como as crianças já estão habituadas a inúmeras atividades em conjunto (que são planeadas, executadas e avaliadas por todas as educadoras), as portas abriram-se e, crianças e educadoras PARTILHARAM conhecimentos e experiências, onde TODOS aprenderam e saíram mais enriquecidos.



Outra novidade, resultante da bondade de um Pai Natal, apareceu esta semana numa das salas, trazida por uma criança: - o robot Mind Designer. Também foi explorado e desenhou para nós!!! A partir daqui, as crianças mostraram vontade de trazer os seus próprios robots e a escola foi invadida, com muito entusiasmo por espécies robóticas de vários tamanhos.




Aprender a programar é simplesmente aprender a dizer às máquinas o que fazer. O código é a cadeia de instruções digitadas que um computador segue para fazer qualquer coisa. E foi assim… programamos!

No culminar desta onda, recebemos a Drª Ana Franco, Licenciada em Informática de Gestão e em Informática Ramo-Educacional e, com Especialização em Tecnologias de Informação e Comunicação para e na Infância. Possui uma vasta experiência nesta área e participa em vários projetos sobre a temática, tendo conseguido também o 3.º Lugar no Festival Nacional de Robótica 2019 em Gondomar na prova Factory Lite Júnior.





Para alegria de todos, chegou carregada com sacos cheios de diferentes robots – uns dançam, outros repetem o que dizemos, outros trepam, outros saltam, outros contam histórias... 




 Pacientemente, interagiu com as crianças, tentando explicar-lhes as diversas formas de funcionamento de todos eles e trouxe novas ideias de exploração para o “nosso” DOC.




Mas que bocadinho de tarde tão proveitoso!
O nosso agradecimento à Drª Ana Franco, ficando o pedido para que um dia nos volte a visitar.



Haverá outras formas de exploração, em todas as salas no decorrer do ano letivo e, com o precioso apoio da nossa Associação de Pais, faremos novas “aquisições”.



“Quando programamos um robô estamos a expressar um pensamento sequencial, ou seja, o objeto vai de um ponto até outro e é a criança que o orienta" 
 Maribel Miranda, Investigadora da Universidade do Minho/Aveiro




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